Descubra como a matriz de risco e o compliance auxiliam no combate às ameaças que afetam as corporações.
Adversidades e contratempos fazem parte da vida, não é mesmo? Mas quando estamos preparados para enfrentar os problemas, temos mais chances de ser bem-sucedidos, certo? No mundo corporativo não é diferente!
Esta breve introdução ilustra o tema que vamos abordar neste conteúdo: a importância da matriz de risco como ferramenta para a proteção dos negócios.
Você já ouviu falar sobre isso? Caso não, este texto irá orientá-lo sobre o que é matriz de risco e como fazê-la. Se você já ouviu falar, mas tem dúvidas sobre o assunto, prossiga a leitura para aprofundar a compreensão sobre os benefícios e a relação direta entre matriz de riscos e compliance.
Fique com a gente e confira este miniguia que preparamos especialmente para quem quer entender como a matriz de riscos pode ser uma aliada para a prevenção e a correção de cenários desfavoráveis para os negócios.
Definição de matriz de risco
Para começar, vamos entender o que é matriz de risco: trata-se de uma ferramenta de gestão usada para avaliar possíveis ameaças associadas ao negócio ou projeto.
Com ela, é possível identificar e antever problemas e, assim, antecipar soluções. Portanto, a estratégia é fundamental para realizar uma gestão de riscos eficiente.
A matriz é um método visual que permite analisar, de forma objetiva, quais ocorrências podem impactar o bom andamento do negócio.
Dentro da matriz, os riscos são classificados em diferentes quadrantes, de acordo com a probabilidade e o impacto para o negócio, conforme detalhado a seguir:
Probabilidade
Na matriz de riscos, a probabilidade está localizada no eixo vertical da tabela. O indicador mostra as chances de uma determinada ocorrência acontecer.
O grau de risco pode ser expresso em uma escala numérica, de 1 a 5, por exemplo, ou categorizado em baixa, média e alta probabilidade.
Impacto
Já o impacto ocupa o eixo horizontal na matriz de risco. A dimensão mostra as consequências que o risco pode ter para as empresas, se ele ocorrer. Geralmente, é classificado em diferentes níveis, como baixo, moderado e alto.
Probabilidade x impacto
Ao juntar os eixos vertical (probabilidade) e horizontal (impacto), temos a formação visual da matriz. Os níveis usados para cada variável podem ser adequados para cada caso, desde que a quantidade seja a mesma para as duas dimensões. Ou seja, não há um padrão a ser seguido e há espaço para flexibilizar a escala.
Fazendo a matriz de risco
Para construir uma matriz de risco que tenha real eficácia junto ao negócio, algumas etapas precisam ser seguidas. Elas podem variar, mas algumas devem ser priorizadas:
Defina níveis de probabilidade e de impacto
O primeiro passo é categorizar os riscos dentro dos níveis de probabilidade e de impacto, os eixos que vão nortear a matriz. Eles devem ser adaptados conforme a realidade da empresa, e é preciso clareza sobre como serão identificados e quantificados.
Escolha uma ferramenta
O passo seguinte é escolher uma ferramenta adequada para a criação da matriz de risco. As opções vão desde planilhas eletrônicas aos softwares especializados, passando por cartazes impressos. O importante é que fique visível e acessível para todos os interessados.
Quantifique o nível do risco
Para quantificar o nível de risco dentro da matriz, basta combinar a probabilidade de ocorrência com o impacto potencial. Ao atribuir valores numéricos para cada eixo, basta multiplicar um pelo outro, obtendo, assim, a pontuação de risco.
Controle os riscos identificados
Assim que os riscos são identificados na matriz, começa a busca por soluções de prevenção. É o momento de reunir equipes para alcançar um objetivo comum: pensar em planos de ação para conter possíveis eventos adversos.
Implemente soluções
Após o primeiro escopo da matriz de risco e das discussões em torno das ações a serem colocadas em prática, é hora de implementar as soluções encontradas. Nesse momento, a matriz passa do contexto teórico para o prático.
Benefícios em adotar a matriz de risco
A adoção de uma matriz de risco traz inúmeras vantagens para as empresas. A principal delas é a prevenção dos mais diversos riscos que podem acometer o negócio. A seguir, listamos outros benefícios que valem a pena ser mencionados:
Promove segurança em novos projetos
Sim, a matriz de riscos contribui para minimizar as incertezas em novos projetos. Afinal, ao pisar em um terreno pouco conhecido, calcular riscos é sempre um passo importante.
Auxilia a trabalhar a concorrência
Ao analisar pontos fortes e vulnerabilidades, a matriz de riscos oferece um panorama do mercado em que a empresa atua. Isso leva também aos estudos sobre a concorrência e, a partir deles, a encontrar novos caminhos para se destacar.
Ajuda em pesquisas de mercado
Quando as fragilidades são expostas, o caminho é a busca por inovação e diferenciação. Nesse sentido, a matriz de riscos traz importantes subsídios para pesquisas de mercado que possibilitem a empresa encontrar soluções inovadoras para se fortalecer, atrair novos consumidores e investidores.
Erros comuns ao usar a matriz de risco
Até agora falamos dos aspectos positivos da matriz de risco. Mas quais os erros mais comuns que podem diminuir a eficácia da ferramenta? É o que vamos abordar a partir de agora:
Não dar importância à matriz de risco
A matriz de risco não pode ser vista apenas como um documento de acervo da empresa ou, pior, como um recurso inacessível às equipes. É preciso fazer uso dela e, mais do que isso, entender a importância que a ferramenta tem para a gestão de riscos.
Não atualizar a matriz de risco
É imprescindível que a matriz de risco receba atualizações periódicas. Afinal, as classificações de riscos podem se alterar ao longo do tempo, exigindo modificações.
Confundir riscos com problemas
Cuidado para não incluir problemas corriqueiros, que podem ser facilmente resolvidos, na matriz de risco. É comum a confusão, que prejudica o propósito da ferramenta, criada essencialmente para conter riscos concretos e de gravidade considerável.
Matriz de risco de compliance
Agora que já sabemos tudo sobre matriz de risco, chegou a hora de responder à pergunta: qual é a relação entre matriz de risco e compliance?
Podemos dizer que ambos se completam por serem importantes ferramentas na prevenção aos diversos tipos de riscos que as organizações estão sujeitas. Porém, enquanto a matriz de risco aponta as ameaças, o compliance certifica que todas as ações serão devidamente orquestradas para evitar danos maiores à companhia.
Podemos dizer que a matriz é o ponto de partida para o programa de compliance ativar os planos de ação.
Como colocar em prática a matriz de risco de compliance
Para que a matriz de risco de compliance seja eficiente, muitos pontos precisam estar alinhados. Veja alguns deles:
Conheça a empresa
O ponto de partida para que mudanças sejam feitas a fim de consertar erros e redefinir processos, é conhecer muito bem o funcionamento da empresa. Isso dá a garantia de que as mudanças implementadas sejam realizadas de forma profissional e respeitando o legado do que foi construído ao longo dos anos.
Buscar informações sobre o quadro de funcionários, os processos e a infraestrutura da empresa é essencial para avançar. A partir disso, não esqueça de organizar treinamentos de compliance para compartilhar o conhecimento com todos os colaboradores.
Avalie normas e modelos
As mudanças instauradas pelo programa de compliance precisam ser feitas de forma profissional, levando em conta o que já foi construído até então.
Isso vale, especialmente, para normas vigentes e modelos-padrão usados em processos internos. É preciso ficar de olho se tudo está em conformidade com a lei e avaliar o que necessita de adequação.
Estabeleça metas
As metas são bons indicadores para aferir a eficácia do programa de compliance. Elas podem funcionar muito bem para acompanhar o andamento do plano de ação, verificar questões prioritárias e observar os avanços, bem como, apontar a necessidade de correções e aprimoramentos.
Relacione riscos
De nada adianta partir para a ação se a matriz não é consultada para identificar os riscos com potencial de gravidade. É importante relacionar cada um deles para ter um “norte” de como agir.
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