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Business, Legislação

Garantir a conformidade com a legislação vigente deve ser prioridade para qualquer empresa. Além de mitigar os riscos da aplicação de multas, sanções e penalidades pelas autoridades, é uma forma de contribuir para a consolidação de uma cultura organizacional ética.

Mas por onde começar? Esta é a dúvida de muitos empresários. Afinal, além das leis gerais que abrangem todos os tipos de negócio – como a legislação trabalhista, as normas de segurança e a
Lei Anticorrupção –, há também as regulamentações setoriais.

Dessa forma, estar em conformidade depende da atividade da empresa. Se ela atua na área da saúde, deverá se adequar às regulamentações deste setor. Se for da área de telecomunicações, as leis serão outras, por exemplo.

É válido lembrar que, no decorrer do tempo, as leis podem ser revogadas ou modificadas. Então, como ter o domínio de todas essas
informações?
O compliance jurídico é a ferramenta capaz de auxiliar as empresas nesse processo.

Para entender melhor do que se trata, como implantá-lo e quais as vantagens da sua aplicação, não deixe de ler este conteúdo na íntegra!


O que é compliance jurídico?

O compliance jurídico pode ser compreendido como um conjunto de normas e procedimentos criados para uniformizar os processos de uma organização, com o objetivo de atender à legislação que abrange o negócio.

Dessa forma, o compliance jurídico busca reduzir os riscos de descumprimento das leis a fim de evitar multas, sanções e outras penalidades.


Onde o compliance jurídico pode ser aplicado?

O compliance jurídico deve ser aplicado em todas as áreas da empresa. Por isso, o primeiro processo para a sua implantação é a realização de uma avaliação de riscos.

Na prática, significa um diagnóstico de todos os setores a fim de verificar quais estão mais suscetíveis a falhas e ao descumprimento das leis.

É com base na avaliação de riscos que o profissional de compliance irá elaborar as normas e os procedimentos internos que deverão ser seguidos pelos funcionários da empresa.

Veja a seguir, quais as principais avaliações feitas pelo compliance jurídico:


Legislação tributária

A legislação tributária inclui leis que regulamentam a arrecadação de impostos, taxas e contribuições. Entre elas, estão:

O compliance jurídico tem como função analisar a legislação tributária e avaliar se ela está sendo cumprida com rigor pela empresa.

Caso seja verificada alguma vulnerabilidade, é necessário criar procedimentos internos que facilitem a adequação e minimizem os riscos de descumprimento.


Legislação trabalhista

A conformidade com a legislação trabalhista também é checada pelo compliance jurídico. As principais leis são:

  • Consolidação das Leis de Trabalho (CLT): inclui as normas gerais sobre contratação, jornada de trabalho, remuneração, direitos e obrigações trabalhistas.
  • Constituição Federal: estabelece direitos fundamentais dos trabalhadores.
  • Normas regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho: estabelecem requisitos técnicos para a segurança do trabalhador.
  • Leis específicas de categorias: é preciso observar as especificidades do quadro de funcionários para essa checagem. A Lei do Estágio e as regras estabelecidas por Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), firmadas entre os sindicatos patronais e laborais, devem ser verificadas.

A conformidade com a legislação trabalhista evita não só multas e penalidades para a empresa, como também, o ajuizamento de ações por parte dos funcionários.

Além disso, ela contribui para a consolidação de um ambiente de trabalho saudável e seguro, com condições justas para os trabalhadores.


Legislação societária

A legislação societária brasileira é composta por várias leis. Por isso, o compliance jurídico deve considerar a natureza da sociedade para realizar a avaliação.

Veja outras leis que também merecem a atenção do compliance jurídico:

  • Lei Anticorrupção (Lei nº12.846): responsabiliza pessoas jurídicas que cometeram atos ilícitos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
  • Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): define regras para o tratamento correto de coleta, armazenamento e uso de dados pessoais.
  • Legislação ambiental: inclui todas as leis referentes à proteção e preservação do meio ambiente.
  • Código de Defesa do Consumidor: reúne diretrizes e regras para o respeito aos direitos do consumidor.
  • Regulamentações setoriais: como dito anteriormente, cada setor possui regras específicas emitidas pelo órgão regulador.

Como implantar o compliance jurídico?

Após a avaliação de riscos, considerando todas as leis que abrangem o negócio, são criadas normas e procedimentos internos para garantir a conformidade da empresa.

Essa política de compliance deve ser comunicada para todos os funcionários. Isso pode ser feito através de:

Feito isso, a equipe de compliance deve estabelecer ações de fiscalização e monitoramento, tais como:

O trabalho de compliance é contínuo e dinâmico. Com o passar do tempo, os procedimentos internos podem ser atualizados.



Benefícios do compliance jurídico para a empresa

A aplicação do compliance jurídico traz uma série de benefícios para a empresa. Os principais são:

  • Dificulta a corrupção e outras irregularidades;
  • Reduz o risco de sanções, multas e ajuizamento de ações trabalhistas;
  • Melhora o ambiente de trabalho;
  • Fortalece a imagem da companhia;
  • Aumenta o potencial para a atração de investidores;
  • Estabelece uma cultura organizacional ética e transparente;

Compliance jurídico na sua empresa

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Ambiente Corporativo, Ambiente de trabalho, Canal de Denúncias, Programa de Integridade, Treinamento de Compliance

 
Conheça estratégias e práticas para evitar e superar esse desafio, promovendo uma cultura organizacional sólida e confiável. Saiba mais!


O tema de conflito de interesses torna-se cada vez mais relevante para garantir a integridade e a ética nas operações das empresas. Mas o que exatamente é um conflito de interesses e como ele pode impactar o desempenho e a confiança na gestão empresarial?

Trata-se de uma situação delicada, na qual os interesses pessoais colidem com os interesses da empresa ou de terceiros, potencialmente comprometendo a imparcialidade e a transparência no processo de tomada de decisão. Pensando nisso, neste post, vamos desvendar o conceito, compreendendo suas ramificações e a importância de identificá-las no âmbito corporativo.

Além disso, vamos explorar estratégias e melhores práticas para evitar e superar esse desafio no local de trabalho, promovendo uma cultura organizacional sólida e confiável.

Está preparado? Acompanhe-nos nesta jornada de aprendizado e aprimore a gestão do seu negócio com base em princípios éticos e responsáveis!

 

O que é conflito de interesses?

 

Para melhor compreender o que significa conflito de interesses, é importante ter em mente que esse cenário acontece quando existe intenção em conseguir vantagens indevidas em relação a outras pessoas e à própria organização. No ambiente corporativo, esse problema ocorre quando um indivíduo prioriza seus interesses pessoais em detrimento dos objetivos da empresa.

 

Desde maio de 2013, a Lei nº 12.813 trouxe uma definição abrangente sobre o assunto, abordando o confronto entre interesses públicos e privados. A questão pode prejudicar o interesse coletivo ou influenciar de maneira inapropriada o desempenho de funções públicas.

 

No ambiente das empresas privadas, especificamente, podemos identificar conflito de interesses quando desejos secundários passam a guiar ações no interior da organização.

 

Isso significa que ocorre uma distorção na tomada de decisões, em que as preferências pessoais de um indivíduo prevalecem em vez dos valores e princípios estabelecidos pela empresa. Como consequência, a integridade e a transparência dos processos empresariais ficam comprometidos

 

Entender, portanto, o conceito é essencial para promover uma cultura organizacional ética e responsável, na qual as decisões são pautadas pelo bem comum da empresa e de todos os envolvidos. Ao abordar essa questão de forma consciente, as empresas podem evitar desvios antiéticos e garantir a confiança dos colaboradores, clientes e parceiros, construindo uma base sólida para o sucesso sustentável do negócio.

 

Fique conosco para descobrir como evitar e lidar com conflito de interesses no ambiente corporativo, fortalecendo os pilares da integridade corporativa.


Como sanar conflito de interesses na empresa?


Enfrentar o desafio do conflito de interesses é essencial para promover um ambiente corporativo saudável.

Nesse sentido, a combinação de tecnologia e compliance desempenha um papel crucial ao fornecer ferramentas e estratégias para sanar e prevenir essas situações. 

 

Conheça a seguir algumas delas!

Investigue causas minuciosamente

A primeira etapa para sanar um conflito de interesses na empresa é investigar suas causas com minúcia. Compreender as motivações por trás dessa situação é essencial para implementar medidas preventivas adequadas. Ao identificar as origens do conflito, a empresa pode adotar estratégias direcionadas e eficazes para solucioná-los de forma ética.


Por exemplo, uma empresa identificou um
possível conflito de interesses em seu departamento de compras, onde um funcionário é responsável por selecionar fornecedores para a organização. Suspeita-se que esse colaborador tem uma relação de parentesco com um dos fornecedores em potencial, o que pode influenciar suas decisões de compra.

Nesse caso, a empresa deve conduzir uma
investigação minuciosa para verificar a veracidade da informação e determinar se há de fato um conflito de interesses. 


Por meio de
entrevistas, análise de registros e outras medidas, é possível tomar uma decisão fundamentada e implementar medidas preventivas para evitar que a situação se repita no futuro.

Criar código de conduta

Um código de conduta claro e abrangente é uma base sólida para combater conflito de interesses. Esse documento deve estabelecer diretrizes e valores que irão nortear as ações dos colaboradores, reforçando a importância de colocar os interesses da empresa em primeiro lugar.

 

Além disso, o código de conduta deve abordar de forma específica situações que possam caracterizar o problema e fornecer orientações para lidar com essas questões.

 

Vamos observar um exemplo. Uma consultoria cria um código de conduta que destaca a importância da imparcialidade e da transparência nas decisões tomadas pelos seus colaboradores.

 

Esse código estabelece diretrizes claras para lidar com situações de conflito de interesses, como a proibição de aceitar presentes ou benefícios de clientes, fornecedores ou parceiros de negócios.

 

O código de conduta também orienta os funcionários a relatarem qualquer situação de conflito identificada para a equipe de compliance ou para um canal de denúncias seguro. Dessa forma, a empresa cria uma cultura de integridade e ética, para que os interesses da organização estejam sempre em primeiro plano.

consequências do conflito de interesses

 

Investir em big data

A tecnologia é uma aliada poderosa na identificação e prevenção de conflitos de interesses, sabia?

 

Por meio do uso de big data e análise de dados, por exemplo, as empresas podem monitorar as interações entre colaboradores e identificar padrões de comportamento que possam indicar conflitos potenciais.

 

Essa abordagem baseada em dados permite tomar decisões mais informadas e proativas, fortalecendo a cultura de compliance e a integridade empresarial.

 

Imagine que uma empresa de e-commerce utilize tecnologia de big data e análise de dados para monitorar as atividades de seus colaboradores em relação às suas vendas.

 

O sistema identifica padrões de comportamento, como:

  • descontos excessivos concedidos a clientes específicos;
  • redirecionamento de vendas para parceiros comerciais.

 

Esses padrões podem indicar um possível conflito de interesses ou prática antiética, certo? Ao utilizar a análise de dados, a organização pode identificar essas situações rapidamente e tomar medidas corretivas.

 

Uma das soluções tecnológicas disponíveis é o módulo de processos de compliance. Por meio dele, é possível identificar conflitos de interesses a partir da análise de dados de pessoas politicamente expostas, registros de recebimento de brindes, presentes e hospitalidades e registros de interações com a administração pública e entidades fiscalizadoras. 

 

A partir da coleta automática dessas informações, a equipe de compliance pode analisar os dados e prever riscos de compliance envolvendo conflito de interesses.




Investir em auditorias

As auditorias regulares são ferramentas essenciais para identificar e corrigir conflito de interesses. Elas permitem revisar processos e procedimentos internos, garantindo que as políticas de compliance estejam sendo seguidas adequadamente. 

 

Esses recursos proporcionam ainda uma visão abrangente das operações da empresa, contribuindo para a identificação precoce de situações que possam caracterizar conflito de interesses.

 

Conheça as soluções do clickCompliance

O clickCompliance oferece soluções inteligentes que ajudam a otimizar a rotina dos programas de compliance e integridade.


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Fique por Dentro

Diante da maior compreensão sobre a necessidade dos programas de compliance e integridade nas empresas, o mercado de trabalho brasileiro tem aberto mais vagas para essa área. 

No entanto, por esta ocupação ser relativamente nova no Brasil – a importância do compliance foi evidenciada pela chamada Lei Anticorrupção (Lei n.º 12.846/2013) –, muitas dúvidas podem surgir.

O que é preciso para tornar-se um bom compliance officer? Como posso me preparar? Qual é a formação necessária? Como é a atuação desse profissional? Onde buscar essas vagas? Qual é a remuneração para o cargo?

A resposta para cada uma dessas questões segue adiante. Boa leitura!



Competências e habilidades do profissional de compliance

Não existe uma graduação específica para a área de compliance. Por ser um trabalho que exige conhecimento da legislação vigente, muitas pessoas ainda se confundem, achando que há exigência de formação em Direito para atuar na área, o que não é verdade.

Advogados, administradores, psicólogos, contadores, engenheiros e profissionais de outras áreas podem atuar no compliance, desde que apresentem as competências e habilidades necessárias. Vamos falar mais sobre elas:

Conhecimento técnico 

É necessário que o profissional entenda como é a estrutura do compliance, as etapas para a sua implantação e o trabalho que será realizado no dia a dia. Embora não exista uma graduação específica para a área, este conhecimento pode ser adquirido por meio de cursos e capacitações que abordam o tema

O programa de compliance é implantado a partir da avaliação de riscos que a empresa corre. É preciso identificar as vulnerabilidades em cada setor para, assim, estruturar as ações de mitigação dos riscos.

Feito isso, é elaborado um Código de Ética que irá nortear as diretrizes internas para que a empresa se mantenha em conformidade.

As normas e os procedimentos adotados deverão ser seguidos por todos os funcionários, sem exceção. Para isso, é importante realizar treinamentos de compliance que ajudem a fixar as informações.

O compliance officer também deve conhecer os mecanismos utilizados para a prevenção e a coibição de irregularidades, como o canal de denúncias, as auditorias, as avaliações e os processos de monitoramento. 

Compreensão do negócio

Não basta apenas o domínio sobre compliance, é preciso conhecimento do negócio. Neste aspecto, o profissional deve compreender:

  • a atividade que a empresa exerce;
  • a legislação e as regulamentações que a abrangem;
  • a atuação dos setores e dos colaboradores;
  • os processos internos;
  • quem é o público atendido;
  • quem são as empresas parceiras e como se dá o relacionamento com elas;
  • qual é a cultura organizacional;
  • o que é proposto como missão e valores.

É a partir do cruzamento de informações sobre o conhecimento que se tem sobre compliance e sobre a realidade da empresa que o compliance officer irá elaborar um programa específico que atenda às necessidades da empresa.

Habilidades comportamentais

Diante do trabalho que é exercido pelo compliance officer, algumas habilidades comportamentais são necessárias para garantir uma boa atuação. São elas:

  • Relacionamento interpessoal: o profissional irá lidar com toda a equipe da empresa e, por isso, é necessário saber se relacionar com as pessoas de forma educada, responsável, ética e confiável.
  • Boa comunicação: o compliance officer deve se expressar bem e, também, ter boa escuta. A primeira habilidade é essencial para transmitir as informações e conduzir treinamentos sobre o programa de compliance. Já a segunda é importante para a criação de uma relação de confiança com os colaboradores.
  • Integridade: é fundamental para um profissional que tem como principal objetivo estabelecer uma cultura organizacional ética e transparente. Ele deverá dar o exemplo em suas ações.
  • Aptidão aos estudos e à leitura: é importante estar atento às novas leis que são criadas e podem abranger o negócio. Por isso, é necessário que o compliance officer se mantenha atualizado, seja estudioso e goste de pesquisar.
  • Determinação: o trabalho do compliance é contínuo. Por isso, o profissional deve ser determinado e não desistir. É importante saber lidar com dificuldades, adaptar-se às mudanças que podem ocorrer na empresa, insistir para que toda a equipe esteja em conformidade, pensar soluções estratégicas e superar eventuais adversidades.
  • Inovação: a atividade do compliance é abrangente, mas o mercado tem disponibilizado soluções tecnológicas para facilitar essa rotina. É importante estar atento às inovações e saber como implantá-las. 


Mercado de trabalho para o profissional de compliance

O compliance officer pode atuar na iniciativa privada, em órgãos públicos e no Terceiro Setor. O mercado de trabalho está em expansão no Brasil, e é possível buscar uma vaga em pequenos, médios e grandes negócios.

Na iniciativa privada, podemos resumir que o compliance é fundamental para a sobrevivência dos pequenos negócios. Quando uma empresa não está em conformidade com as leis vigentes, ela fica sujeita à aplicação de multas e sanções que podem ocasionar um prejuízo financeiro capaz de levar à falência.

Para as médias empresas, o compliance pode ser um diferencial competitivo diante da concorrência, com potencial para atrair novos consumidores. Já as grandes companhias podem se beneficiar, ainda, com a atração de mais investimentos.

No setor público, o compliance oferece mais transparência às ações e melhora os processos internos, o que beneficia diretamente a população.

Já no Terceiro Setor, contribui para a maior credibilidade de associações, fundações e organizações não governamentais (ONGs), o que promove o estreitamento das relações com a sociedade e atrai parcerias.

As possibilidades de atuação do compliance officer são vastas, por isso, é importante estar atento às oportunidades que possam surgir. Uma dica é monitorar os sites de anúncios de vagas.

Quanto ganha o compliance officer?

Segundo informações do portal Trabalha Brasil, a remuneração média varia de R$ 2.079,18 a R$ 8.578,69, conforme o local que oferece a vaga e o nível, que vai de trainee a master. 

O salário médio de R$ 2.079,18 é oferecido por empresas de pequeno porte ao trainee de compliance officer. Já o valor médio de R$ 8.578,69 é atribuído ao profissional master que atua em grandes empresas.


O clickCompliance oferece soluções que otimizam o trabalho do compliance officer. Para saber mais, entre em contato com a gente e agende uma demonstração!
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Canal de Denúncias, Governança de Documentos, Programa de Integridade, Treinamento de Compliance

Diante da necessidade cada vez mais latente de implantar o compliance nas empresas, é comum a dúvida: quem será responsável pela gestão do setor?

Uma das opções para a realização desse trabalho é a contratação de um ou mais profissionais que atuem de forma exclusiva na área. Outra possibilidade é terceirizar o serviço por meio de uma consultoria especializada.

No caso de empresas que optam por criar um setor interno, outra dúvida que pode ser levantada é sobre qual deve ser o tamanho da equipe que irá exercer essa função. As respostas corretas para esses questionamentos dependem da realidade de cada empresa. 

Aquelas que atuam em setores altamente regulamentados terão uma maior demanda de trabalho. Nesse caso, pode ser interessante estabelecer um setor interno dedicado ao compliance. 

O número de funcionários é outra característica que deve ser considerada, pois também interfere na rotina e nas atribuições do setor. Quanto maior o porte da empresa, mais abrangente será o trabalho do compliance.

Por fim, também é preciso avaliar o aspecto financeiro. Caso não seja possível realizar contratações no momento, o trabalho de uma consultoria pode ser mais viável.

Como deve ser o profissional de compliance?

Antes de criar um setor interno ou contratar uma consultoria para realizar o serviço de compliance, é aconselhável saber quais são as habilidades, as capacidades técnicas e as atribuições inerentes ao profissional da área.

Em termos de formação, não há uma exigência específica, tendo em vista que o compliance é um setor multidisciplinar em que podem atuar profissionais das áreas jurídica, contábil, controle interno, auditoria, comunicação, recursos humanos, dentre outros.

Com relação às competências técnicas, é importante o conhecimento de normas, leis e regulamentações que abrangem o negócio. Também é necessário saber identificar e gerenciar riscos.

No referente às habilidades interpessoais, é recomendável que o profissional de compliance tenha um bom relacionamento com a equipe, capacidade de liderança, boa comunicação, pensamento estratégico, dentre outras.

Essas características são necessárias tendo em vista as funções que o profissional irá exercer, o que inclui desde a avaliação de riscos até o trabalho de prevenção, identificação e coibição de irregularidades.

Saiba como é o dia a dia do compliance

A principal responsabilidade do compliance é garantir a conformidade da empresa com as leis e regulamentações vigentes. Para isso, é importante identificar quais os setores mais suscetíveis ao risco.

Uma vez realizada essa avaliação, será necessário implantar políticas internas que deverão ser seguidas por todos os colaboradores.

O objetivo do compliance é estabelecer uma cultura organizacional pautada na ética, na transparência e na responsabilidade empresarial. Para isso, é preciso um trabalho contínuo.

Essa continuidade será assegurada por uma rotina que envolva ações de divulgação dessas políticas, treinamento para a assimilação das informações e o engajamento da equipe, e o monitoramento periódico do desempenho desse trabalho.

Ferramentas essenciais para a rotina de compliance 

Para garantir a execução das atividades de compliance nas empresas, algumas ferramentas são fundamentais:

  • Código de Ética e Conduta: documento que deverá estabelecer as diretrizes internas da empresa e apresentar a postura desejada dos colaboradores.
  • Canais de comunicação interna: utilizados para divulgar as diretrizes e os procedimentos internos para a equipe, de modo a garantir que todos estejam bem informados e alinhados com o propósito da empresa.
  • Treinamentos de compliance: são uma forma de assegurar não só o esclarecimento mais detalhado das informações, como também, promover o engajamento da equipe.
  • Avaliações e auditorias: são recursos que permitem monitorar o desempenho da equipe com relação às práticas adotadas.
  • Canal de denúncias: é uma ferramenta essencial para o compliance, pois funciona como porta de entrada para o recebimento de informações sobre irregularidades praticadas no ambiente corporativo. A partir das denúncias recebidas é aberta a investigação e, caso comprovada a irregularidade, serão aplicadas as sanções previstas pela empresa.

Mas, afinal, por que implantar o compliance?

Ter um programa de compliance garante uma série de vantagens para as empresas. A primeira delas é a segurança jurídica de estar em dia com as leis e as regulamentações vigentes.

Consequentemente, outro aspecto positivo é evitar prejuízos financeiros e demais sanções previstas para quem descumpre a legislação.

Além da questão financeira, é válido destacar os danos à imagem institucional de empresas que praticam irregularidades.

Escândalos de corrupção, envolvimento em fraudes e outros tipos de ações ilícitas são capazes de ter um efeito devastador à reputação da empresa, o que resulta em perda de mercado e interesse dos investidores.

Por outro lado, a empresa que está em compliance atesta a sua transparência e ética, valores que asseguram vantagem competitiva e aumentam o potencial para investimentos. O compliance é, além de tudo, uma maneira de garantir a longevidade dos negócios.

Cinco passos para um compliance eficiente

A rotina do setor de compliance é abrangente, o trabalho é contínuo e o profissional ou a equipe que desempenhar esse papel deverá contar com a participação de toda a empresa. Para que esse trabalho seja bem sucedido, é fundamental:

  1. Conhecimento do negócio: seja uma equipe interna ou terceirizada, é necessário conhecer a dinâmica de funcionamento da empresa, as atribuições de cada setor e os detalhes que envolvem a atividade.
  2. Envolvimento da alta direção: é preciso que as lideranças funcionem como um suporte para o setor de compliance, de forma que contribuam para o engajamento dos demais funcionários.
  3. Estímulo à cultura organizacional ética: esta deve ser uma prática diária, garantindo que as diretrizes da empresa não fiquem apenas no papel, mas façam parte do dia a dia de todos os colaboradores.
  4. Investigação das denúncias recebidas: um trabalho eficiente deve ter resultados práticos. O canal de denúncias é uma ferramenta essencial para o compliance, mas é necessário que as informações recebidas sejam apuradas e haja a resolução dos problemas apresentados.
  5. Uso de ferramentas adequadas: o trabalho do compliance exige o suporte de soluções específicas para a execução das várias funções que são de sua responsabilidade. Disponibilizar essas ferramentas de compliance é fundamental para que o trabalho seja eficiente.

O clickCompliance é um software de gestão de compliance e programa de integridade que possibilita uma maior otimização e eficiência deste trabalho a partir da automatização de processos.

Para saber mais, entre em contato com a gente!
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Fique por Dentro

O início de um novo ano é sempre uma boa oportunidade para refinarmos as nossas qualidades como profissionais. E quando estamos passando por um momento de transformação do mercado, isso se torna ainda mais importante. Por isso, reunimos neste artigo as principais características de um bom compliance officer.

Com elas, você se torna um profissional de compliance preparado para lidar com os diversos desafios da ocupação, e também com um trabalho que está em processo de renovação e profissionalização cada vez maior.

Compliance Officer Coragem
1: Coragem

A primeira característica que todo compliance officer precisa ter é a coragem. Nessa linha de trabalho, você prepara a sua empresa e os funcionários para prevenir atos de corrupção, evitar condutas antiéticas e muitas vezes evitar desastres.

Além disso, é preciso muitas vezes ativamente combater costumes enraizados na cultura corporativa que envolvem a alta direção da empresa, e agente públicos importantes. Em momentos como esse, o profissional de compliance não pode tomar o caminho mais fácil e fechar os olhos para situações de risco por medo de retaliações.



Compliance Officer

2: Integridade

Outra característica fundamental nesse tipo de profissional é a integridade. A ética do compliance officer precisa ser inabalável e constante. Isso porque é ele quem vai precisar passar essa cultura para o resto da empresa.

Para conseguir perceber as oportunidades para fazer melhorias, e conseguir transmitir os pilares da integridade com confiança e credibilidade, sem cair na hipocrisia, os funcionários precisam saber que o compliance também se atém firmemente ao que ele prega.



Compliance Officer relacionamentos

3: Boas relações interpessoais

Essa característica tem relação direta com o trabalho que o compliance officer realiza no seu dia a dia. Primeiro, quando você é o contato para receber denúncias, denunciantes precisam confiar em você. Funcionários já tendem a hesitar na hora de denunciar, e se não acham que vão ser bem recebidos e tratados pelo compliance, é ainda mais difícil entrarem em contato.

Além disso, você representa o interesse da empresa como um todo, e algumas vezes isso significa ter que interferir ou dificultar processos de toda a hierarquia da organização. Para conseguir mediar isso, os interesses dos funcionários diferentes e os da empresa, é preciso construir uma boa relação com todos os envolvidos.



Compliance Officer

4: Estudioso e leitor

Dessa característica não tem escapatória: o compliance officer precisa gostar de ler, ou pelo menos não ter problema em ler muito, com frequência. O mesmo vale para estudar. Isso porque uma das tarefas principais desse profissional é adequação da empresa a leis e normas.

Para isso, o único jeito é conhecer profundamente essas regulamentações, o que exige muita leitura e estudo. Além disso, novas leis aparecem todo dia. Ou seja, o trabalho de estudo nunca tem fim, e é imprescindível para criar políticas e procedimentos adequados.



Compliance Officer minucioso
5: Minucioso

Ter atenção a detalhe é fundamental para um bom compliance officer. Até porque, como bem sabemos, basta não estar em compliance com um detalhe para trazer problemas e ações contra a empresa.

Ou seja, não só é preciso ser minucioso na leitura e compreensão das leis, como também na criação de políticas corporativas seguras e de procedimentos que cobrem todos os pontos importantes.

Além disso, o profissional de compliance também precisa ser minucioso na análise dos procedimentos já existentes para identificar riscos que podem parecer imperceptíveis, mas que, se não resolvidos, trazem grandes prejuízos.



Compliance Officer
6: Ter olho na inovação

Essa característica do compliance officer tem fundamento em diversas questões do trabalho desse profissional. O primeiro motivo disso ser importante é a inovação estar se tornando uma tendência forte nas empresas em todos os setores.

No entanto, pelas inovações serem sempre algo intrinsecamente novo e “desconhecido”, as regulamentações relacionadas a essas tecnologias ainda são muito turvas.

Por isso, o profissional de compliance precisa estar a par das últimas novidades, e de como as inovações são recebidas pelo mercado e pelas agências reguladoras, e seus potenciais riscos.

Além disso, a rápida complexificação do cenário regulatório é mais um motivo para ficar de olho na inovação. Com a digitalização das empresas e da globalização, empresas precisam estar conforme leis e regulamentos cada vez mais específicos e complexos.

Para isso, o compliance officer deve sempre estar atento à inovação e como ela pode facilitar seu trabalho para que ele seja sustentável.
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Entrevista

De 70 contatadas e 21 inscritas, o clickCompliance foi uma das 8 startups escolhidas para participar de um evento promovido pelo Vetor AG, aceleradora da construtora Andrade Gutierrez. O tema dessa rodada foi tecnologia e inovação em Compliance, e o Pitch Day teve a presença de várias parceiras e empresas convidadas para conhecerem as soluções.

As startups tiveram a oportunidade de conhecer outros players do mercado, e ainda fazer contato com possíveis clientes. Também receberam uma avaliação ao final para ajudar a entender sua percepção frente ao mercado.

Entrevistamos Eduardo Staino, Diretor de Compliance e Auditoria Interna da Andrade Gutierrez, sobre os desafios pré e pós Lava-Jato, e as dicas que ele tem para dar após 8 anos na empresa.

1 – Como tem sido trabalhar com o Compliance na Andrade Gutierrez depois de tudo que aconteceu no Brasil desde 2014?

Na verdade, a nossa jornada de Compliance começa antes da Lava-Jato, ainda no final de 2013 com a criação do novo Código de Ética. Investimos muito em treinamento, comunicação e auditoria interna e tem sido muito prazeroso contribuirmos para essa virada de página.

A Andrade Gutierrez é uma empresa que viveu tempos difíceis, e o mercado já reconhece que a ela viveu um período complexo, mas que hoje vive uma nova jornada. Sou muito feliz na minha cadeira aqui.

2 – Qual foi o maior obstáculo a ser superado em relação ao Compliance na Andrade Gutierrez?

A dificuldade principal que a Andrade Gutierrez viveu é que, paralelamente à Lava-Jato, o Brasil também viveu uma crise econômica e política. O país estar com o governo e a economia em crise foi uma tempestade perfeita. Resgatar a reputação da empresa nesse cenário foi muito desafiador.

3 – Que dica você dá para outros Compliance Officers menos experientes?

Eu acho que o conselho mais importante para uma implementação de programa de Compliance efetivo é o Compliance Officer conhecer bem não só o negócio, mas as pessoas na organização para que ele, assim, encontre o melhor caminho na implementação de atividades. A receita da Andrade Gutierrez não é a receita ideal para todas as empresas. A receita ideal é entender a realidade de cada empresa.

4 – O que foi o Pitch Day do Vetor AG?

O nosso objetivo era juntar 2 pilares da Andrade Gutierrez, que são Compliance e inovação, e conhecer o que estava acontecendo em termos de Compliance, principalmente em projetos de startups. Ao mesmo tempo, queríamos apresentar essas startups para o ecossistema de Compliance do Brasil. Por isso chamamos outras pessoas que admiramos para avaliar essas startups.

Um objetivo secundário é demonstrar à sociedade como a Andrade Gutierrez está empenhada no tema (Compliance). Por isso está recebendo as turmas, promovendo, gastando tempo e espaço, etc.

5 – O que você achou do resultado?

Fiquei supercontente com o resultado, primeiro porque as startups tiveram apresentações muito boas e acertadas dento do tempo que tinham. Além disso, é um evento gratuito, então às vezes as pessoas falam que vão, mas não vão. No entanto tivemos um resultado bom, inclusive tiveram alguns convidados que trouxeram mais pessoas com eles.

Outra coisa legal é que algumas startups já estão sendo contatadas por empresas que estavam lá. Não temos nenhum objetivo comercial com o evento, mas isso mostra que o nosso objetivo (apresentar essas startups para o ecossistema de Compliance) está sendo cumprido.

6 – Por que a inovação e tecnologia são importantes para o Compliance?

Nós enxergamos que a tecnologia pode ajudar nos desafios de Compliance principalmente em função de extensão geográfica e volume de stakeholders. A inovação pode trazer sistemas, plataformas, e Inteligências Artificiais para cumprirmos melhor nossos objetivos.

Por exemplo, em uma empresa com 20 mil empregados como a nossa, é impensável imaginar que vai conseguir atingir nossos objetivos sem o auxílio de tecnologia. Ajuda a área de Compliance no cumprimento de nossos objetivos e no atendimento à legislação.


Eduardo Staino é Diretor de Compliance e Auditoria Interna da Andrade Gutierrez e Professor no curso de Pós-Graduação em Compliance e no curso de extensão em Compliance FGV IBS BH.
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