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Aprenda a identificar riscos humanos e promover a ética na sua empresa por meio do compliance individualizado.

No cenário corporativo, a adoção de uma conduta ética sólida é fundamental para garantir a sustentabilidade e a longevidade dos negócios.

Contudo, mesmo os profissionais mais qualificados e experientes podem representar riscos legais e morais para uma organização, especialmente quando ocupam cargos de liderança ou atuam em áreas estratégicas.

Mas como evitar que essas vulnerabilidades comprometam os resultados e a reputação da sua empresa?

É nesse contexto que o compliance individual se destaca como uma estratégia para identificar e mitigar riscos humanos, se preocupando com a promoção de um comportamento ético desde o momento de seleção de novos colaboradores.

Neste conteúdo, entenderemos como essa ferramenta funciona na prática e quais são os principais indicadores a serem adotados para reduzir as vulnerabilidades dentro da organização.

Boa leitura!

Saiba o que é o compliance individual

O compliance individual é uma abordagem estratégica que avalia a aderência de colaboradores e candidatos à cultura ética da organização. Trata-se de uma ferramenta essencial para empresas que buscam fortalecer seus valores e proteger sua reputação.

A partir de ferramentas como entrevistas personalizadas e análises de flexibilidade moral, é possível compreender os valores, as motivações e as possíveis vulnerabilidades dos profissionais, entendendo os fatores que orientam sua tomada de decisão e a percepção do que é ou não aceitável em termos éticos e legais.

Ao analisar a flexibilidade moral de um candidato ou colaborador, por exemplo, se torna mais fácil prever sua suscetibilidade a pressões externas que poderiam levá-lo a comprometer a conduta pessoal ou profissional.

Sendo assim, essa abordagem traz uma série de benefícios para o ambiente corporativo, como:

  • Promoção de uma cultura ética empresarial: garantindo a disseminação de valores éticos desde a contratação.
  • Prevenção de má conduta profissional: atuando como uma barreira contra fraudes e outros desvios, além de proteger informações confidenciais.
  • Identificação de riscos: permitindo ajustes nas políticas internas com base em fragilidades identificadas, mitigando potenciais problemas.
  • Conformidade com a legislação vigente: facilitando o cumprimento de normas, como a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013), minimizando os riscos legais e fortalecendo a integridade organizacional.


Com uma boa estratégia de compliance individual, a empresa consegue
alinhar o comportamento individual dos seus colaboradores às suas expectativas e normas, promovendo um ambiente mais seguro e transparente. 

 

Indicadores para usar no compliance individual

A adoção de uma estratégia de compliance individual requer o uso de indicadores em testes computacionais para avaliar a integridade e a aderência ética dos profissionais à cultura organizacional.

Eles ajudam a identificar potenciais vulnerabilidades e traçar estratégias para mitigar seus riscos reputacionais e legais.  Veja, a seguir, alguns dos indicadores que podem ser usados:

Transparência

A transparência no trabalho reflete a capacidade do profissional de ser claro, honesto e colaborativo ao abordar situações sensíveis. Esse indicador avalia como o indivíduo lida com perguntas diretas e complexas, e se é capaz de fornecer informações de maneira aberta, mesmo quando os temas podem gerar desconforto.

Além disso, a transparência é essencial para garantir que os colaboradores não ocultem informações relevantes ou tomem decisões que possam comprometer a integridade da empresa. Em situações de auditoria ou investigações internas, por exemplo, profissionais com baixa transparência podem dificultar a identificação de problemas e soluções.

Tratamento de informações confidenciais

A importância desse parâmetro de avaliação consiste em identificar como o profissional compreende a importância de manter sigilo sobre dados estratégicos e confidenciais da organização.

Por exemplo: imagine um colaborador que lida com informações financeiras ou dados sensíveis de clientes. Se ele não entender o valor desse conteúdo ou a necessidade de protegê-lo, pode ser mais suscetível a compartilhá-lo indevidamente, mesmo sem intenção maliciosa.

Por outro lado, funcionários com boa avaliação nesse indicador se mostram menos suscetíveis a práticas como vazamentos de dados, espionagem corporativa e outros problemas que podem afetar diretamente a segurança da organização.

Assédio moral e sexual

Aqui, o objetivo é identificar o nível de tolerância a comportamentos abusivos, sejam eles morais ou sexuais, e sua capacidade de reconhecer e lidar com essas situações.

Entre os aspectos avaliados por esse indicador, podem estar:

  • Reação a casos hipotéticos de condutas abusivas;
  • Capacidade de combater práticas antiéticas e fornecer relatos em canais de denúncia;
  • Compromisso com a criação de um ambiente de trabalho respeitoso e inclusivo.


Além das possíveis consequências para a saúde física e mental da vítima, a tolerância ao
assédio moral ou sexual, seja como autor ou omisso, afeta diretamente o clima organizacional e pode ainda expor a empresa a ações legais. 

Pagamento e recebimento ilícitos

A partir desse critério, a organização pode ter uma noção do nível de resistência do profissional a práticas corruptas, como oferecer ou aceitar subornos e propinas por meio de cenários hipotéticos, avaliando se o indivíduo reconhece os riscos legais e éticos envolvidos nessas ações e qual é a sua inclinação em recusar ou justificar tais práticas.

Empresas que contratam e mantêm colaboradores com baixa tolerância a pagamentos ilícitos reduzem as chances de envolvimento em escândalos de corrupção, protegendo sua imagem e evitando multas.

Apropriação indébita

O foco deste indicador está em identificar se o profissional demonstra propensão a se apropriar de recursos ou bens que não lhe pertencem, seja algo pequeno, como utilizar equipamentos da empresa para uso pessoal sem autorização, ou maior, como desviar recursos financeiros.

Com essa informação, a empresa pode fortalecer seus mecanismos de controle, como auditorias regulares e políticas claras sobre o uso de recursos, se mantendo mais atenta a profissionais que demonstram tendência a possíveis desvios de conduta no trabalho.

Atitude frente a erros

Outro indicador importante para a organização é aquele que analisa como o profissional reage diante de falhas e problemas no ambiente corporativo. Ele pode observar diferentes aspectos comportamentais, como:

  • O profissional assume responsabilidade pelos erros?
  • Ele busca corrigir falhas proativamente?
  • Ou tende a omitir informações para evitar penalidades?


A forma como os colaboradores lidam com os próprios erros impacta diretamente a eficiência organizacional. Essa atitude ajuda a criar uma cultura de transparência e aprendizado, em que as
falhas são vistas como oportunidades de crescimento e aprimoramento, em vez de algo a ser ignorado ou ocultado.

Conivência de atos antiéticos

Essa métrica avalia o nível de tolerância do profissional em relação a comportamentos irregulares de outros membros da organização, verificando se há uma predisposição para ignorar ou se envolver em práticas antiéticas no ambiente corporativo.

Para isso, é preciso levar em consideração que a conivência não se restringe apenas a grandes infrações, como subornos ou fraudes. Atitudes aparentemente pequenas e inofensivas, como encobrir um erro intencional de um colega, podem escalar para problemas mais graves ou ainda criar um ambiente onde condutas irregulares são toleradas, gerando uma cultura de impunidade.



 

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