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Saiba como um programa de integridade pode estabelecer uma cultura de respeito e ética no combate ao assédio.

Todos esperamos trabalhar em um ambiente em que haja confiança e respeito mútuo. Infelizmente, nem sempre, a realidade é assim, já que o assédio está presente em parte das empresas. É um problema grave que afeta a produtividade e o bem-estar dos funcionários.

A reputação da empresa não fica de fora dessa situação. Casos de assédio podem causar danos irreparáveis à imagem da organização, ocasionando processos judiciais e multas que afetam diretamente os resultados financeiros.

Diante desse cenário, as políticas de compliance podem ajudar. Neste conteúdo, vamos abordar os diferentes tipos de assédio e apresentar dados recentes sobre o tema. Também iremos mostrar como boas práticas e programas de conformidade podem ajudar a mitigar os riscos desse problema.

Boa leitura!

O que configura assédio em uma empresa?

Assédio é crime. No dia a dia de trabalho, pode assumir diversas formas. Todas são caracterizadas por comportamentos inadequados e não desejados que criam um ambiente hostil, humilhante ou intimidante.

Entre os tipos mais comuns estão:

  • Assédio moral: envolve condutas repetitivas de humilhação e desvalorização do trabalhador;
  • Assédio sexual: engloba investidas sexuais indesejadas, piadas de cunho sexual e comentários impróprios;
  • Assédio discriminatório: caracterizado por ações ou comentários ofensivos baseados em características pessoais, como raça, gênero, orientação sexual ou religião.


Entender o que constitui assédio é fundamental para reconhecer e combater esses comportamentos nas empresas.

 

Dados sobre assédio nas empresas

Os dados sobre assédio no mundo corporativo são alarmantes. Entre 2020 e 2023, a Justiça do Trabalho registrou, aproximadamente, 419 mil processos relacionados a assédio moral e sexual. Nesse período, houve o aumento de 44,8% nos casos de assédio sexual julgados, enquanto os processos por assédio moral cresceram 5%.

As mulheres foram responsáveis por 72,1% das ações judiciais relativas a assédio sexual. As faixas etárias mais afetadas foram de 18 a 29 anos, representando 42,5% dos casos, e de 30 a 39 anos, correspondendo a 32,6% das denúncias. Especialistas destacam que os dados refletem uma maior conscientização das pessoas sobre o tema, bem como a sensação de segurança para reivindicar seus direitos.

Inclusive, a atualização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 2024, garantiu aos trabalhadores maior suporte legal contra o assédio moral. A legislação, agora, obriga as empresas a adotarem medidas preventivas e de combate a qualquer forma de assédio moral no local de trabalho.

Apesar disso, ainda há muito o que ser feito pelas organizações. Grande parte faz apenas o básico, enquanto outras ainda nem se atentaram para a gravidade do problema. A seguir, vamos ver boas práticas de compliance que podem ajudar no combate ao assédio.

 

Boas práticas no combate ao assédio

Há práticas baseadas nos pilares de compliance que podem ser empregadas no combate ao assédio no ambiente de trabalho. Confira: 

Programa de integridade

Em primeiro lugar, um programa de integridade bem estruturado vai ser importante para estabelecer uma cultura de respeito e ética dentro da empresa. Ele serve como um guia para lideranças, gestores e colaboradores.

Nos casos de assédio, o programa pode oferecer diretrizes sobre como identificar, reportar e lidar com as situações. Também deve conter ações de prevenção, como treinamentos regulares e campanhas de conscientização.

Cartilhas 

Cartilhas informativas com informações do código de ética da empresa são ferramentas interessantes no combate ao assédio. Elas podem trazer a definição de o que configura assédio e outros comportamentos inadequados, além de esclarecer as expectativas de comportamento dentro do ambiente de trabalho.

Uma dica é tornar a linguagem das cartilhas o mais didática possível e distribuir a todos os colaboradores, sem exceção. Elas também precisam ser atualizadas com regularidade para refletir mudanças na legislação e nas melhores práticas de mercado.

Canal de denúncia

Ter um canal de denúncia é uma obrigação de qualquer empresa. Não apenas para combater o assédio, mas também para lidar com outras questões éticas e de conformidade.

Na hora de elaborar o canal, saiba que ele precisa:

  • Ser acessível;
  • Garantir o anonimato do denunciante;
  • Oferecer várias formas de acesso. 

Sanções

Não adianta criar todo um sistema de combate ao assédio e não aplicar sanções adequadas para os casos comprovados. Punições são indispensáveis para mostrar que a empresa leva a sério suas políticas de integridade e que não tolera comportamentos inadequados.

As sanções podem variar de acordo com a gravidade da infração e podem incluir:

  • Advertências formais;
  • Suspensões;
  • Demissões;
  • Ações legais.


Lembre-se,
ter o apoio da empresa faz toda a diferença para o funcionário. 






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