O compliance na área da saúde garante a integridade das empresas e a segurança dos pacientes. Saiba mais!
Em uma área altamente regulamentada, como a saúde, a conformidade é essencial. A atenção aos padrões éticos confere transparência para a gestão no setor e mais qualidade e segurança aos pacientes.
É nesse contexto que o compliance na saúde ganha destaque. Trata-se de um conjunto de práticas que garantem que as instituições dessa área tenham uma atuação ética e socialmente responsável, seguindo todas as diretrizes estabelecidas para que, assim, possam oferecer serviços adequados.
Não é raro vermos nos noticiários episódios de corrupção envolvendo hospitais, profissionais e planos de saúde. Como tentativa de combater o problema, em 2019, a Agência Nacional de Saúde (ANS) publicou a RN 443/19, estabelecendo práticas de governança corporativa, gestão de riscos e programas de compliance, a fim de facilitar a implementação de controles internos.
A adoção das melhores práticas de compliance na saúde pode assegurar a integridade das instituições, promover a qualidade de atendimento aos pacientes, a proteção de dados pessoais, a prevenção de fraudes e muitos outros aspectos.
Ficou curioso para saber mais?
Neste conteúdo, reunimos as principais informações sobre o compliance na saúde. Após a leitura, você irá entender qual é importância e quais são as melhores práticas na área. Confira!
Qual é a importância do compliance para a saúde?
Na área da saúde, o compliance se refere à prática de seguir regulamentos, normas, leis e padrões éticos estabelecidos para garantir que as organizações do setor sejam íntegras e ofereçam serviços de qualidade para a população. Isso envolve a conformidade com a legislação federal, estadual e local, e as diretrizes estabelecidas por órgãos reguladores.
A compreensão sobre a importância do compliance é fundamental para as empresas que atuam na saúde. O não cumprimento de normas pode resultar em prejuízos às organizações e ao público.
No aspecto financeiro, a falta de padrões éticos pode resultar em multas e ações judiciais que causam impactos diretos à organização. As penalidades também podem causar perda da credibilidade e danos à reputação.
No que diz respeito ao paciente, a falta de conformidade também pode trazer prejuízos. O setor da saúde lida diretamente com informações confidenciais, procedimentos complexos e decisões críticas que impactam a vida das pessoas. Por isso, não seguir as regulamentações pode comprometer a segurança, a saúde e a integridade dos pacientes.
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Melhores práticas de compliance na saúde
A implementação de um programa de compliance eficaz pode trazer uma série de benefícios, incluindo:
- Redução de riscos legais e financeiros;
- Melhoria da qualidade dos serviços;
- Construção de uma reputação sólida;
- Promoção de um ambiente de trabalho ético e transparente.
Para que tudo isso seja alcançado, as empresas do setor precisam se atentar sobre as melhores práticas de compliance. A seguir, listamos algumas delas que, com toda certeza, farão a diferença nas organizações da área da saúde:
Proteção de dados
A proteção de dados na saúde é essencial para garantir a segurança e a confidencialidade das informações dos pacientes.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) regula o tratamento de dados em todo o território nacional, impondo regras para a coleta, o armazenamento e o compartilhamento dessas informações. Dessa forma, estar em conformidade com a lei é fundamental.
Vale lembrar que dados genéticos e biométricos, assim como históricos médicos, são considerados dados sensíveis e, portanto, requerem uma proteção especial.
Por meio do programa de compliance, as organizações podem implementar políticas que garantam a integridade e a confidencialidade de todas essas informações.
Gestão de controles internos
A gestão de controles internos é uma espécie de mapeamento de riscos, pela qual as organizações identificam ameaças e vulnerabilidades às quais estão sujeitas. Assim, é possível criar estratégias de compliance.
Por isso, é fundamental que a organização esteja sempre por dentro de todas as questões éticas que envolvem a área da saúde, pois a partir do momento em que se está ciente das regras, prováveis ameaças podem ser identificadas e, então, a instituição consegue se preparar.
Fornecer treinamentos
Após o mapeamento de riscos, é essencial que as empresas da área da saúde contem com uma equipe de colaboradores alinhada e orientada no que diz respeito às determinações internas e externas. Uma forma de manter todos na mesma página é a realização de treinamentos de compliance.
A capacitação ajuda a equipe na compreensão de todos os tópicos sobre compliance na saúde. Para isso, as organizações podem investir em treinamentos específicos para cada grupo da empresa, incluindo gestores, médicos, enfermeiros e servidores.
Prevenção de fraudes
A prevenção às fraudes corporativas é fundamental para garantir a integridade das instituições e a segurança dos pacientes.
Nesse processo, as organizações devem adotar políticas claras e procedimentos detalhados capazes de prevenir irregularidades, como práticas de faturamento fraudulento e subornos.
Implementar controles internos, por meio de auditorias regulares e revisão de processos, também é uma forma de monitorar e detectar atividades suspeitas.
Outro mecanismo útil é o canal de denúncias, que garante aos funcionários um espaço para relatar suspeitas de fraudes de forma anônima.
Uso ético de tecnologias
A tecnologia tem sido um recurso cada vez mais usual na saúde e no compliance, por isso, deve ser usada de forma ética e responsável.
Atualmente, as organizações podem contar com sistemas de gestão de compliance, softwares de gerenciamento de dados e soluções de segurança da informação para garantir a conformidade com as regulamentações e outras normas do setor.
Criação de código de conduta
Por fim, as empresas que atuam na área da saúde também devem elaborar um código de conduta claro e abrangente.
O documento estabelece as diretrizes éticas que todos os funcionários da organização devem seguir. Ele também deve trazer a missão e os valores da empresa junto às informações sobre o comportamento adequado no ambiente de trabalho.
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