Governança Corporativa

Área de controles internos e compliance: como uma auxilia a outra?

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Descubra as vantagens para a organização de as duas áreas atuarem em conjunto.

Para uma empresa ser bem-sucedida, muitas são as exigências necessárias para alcançar os objetivos e as metas previamente traçadas. Mas como a grande engrenagem de uma operação ganha tração para funcionar sem sobressaltos?

É aí que entra uma área de grande relevância para o funcionamento adequado de toda e qualquer operação: a área de controles internos.

Trata-se de um setor com grandes responsabilidades no dia a dia da organização, pois o objetivo é conquistar
a máxima eficiência de todos os processos operacionais.

Além disso, o controle interno também desempenha papel de relevância junto ao compliance. E é esta relação que iremos abordar ao longo deste texto.

Quer saber como a área de controles internos e o compliance se ajudam mutuamente em prol dos objetivos comuns da organização?

A resposta você encontra nos tópicos a seguir. Fique com a gente e acompanhe tudo a partir de agora!

Conceito da área de controles internos

A área de controles internos tem por missão acompanhar processos, políticas e práticas estabelecidas pela organização para que os objetivos sejam alcançados plenamente. Dessa forma, ela interfere diretamente no sucesso dos processos.

De maneira geral, podemos afirmar que o controle interno se concentra na eficiência operacional e na mitigação de riscos que ameaçam o crescimento sustentável da organização.


Tipos de controles internos

Há diferentes tipos de controles internos. Entre os mais praticados pelas empresas e que contribuem significativamente para o fortalecimento dos programas de compliance estão:

Administrativos

Os controles administrativos asseguram o gerenciamento de diversas informações inerentes à empresa. Na categoria se enquadram dados e informações sobre lucratividade, qualidade, estratégia, entre outros aspectos da organização.

Esse tipo de controle ajuda não só na produtividade, como também na etapa de revisões e auditorias, que devem ser realizadas, periodicamente, para atestar as boas práticas da empresa.  

Contábeis

Os controles contábeis dizem respeito à saúde financeira da empresa. Dessa forma, ajudam na prevenção contra fraudes e desvios, uma vez que certificam que a aplicação do dinheiro vem sendo feita de maneira adequada, de acordo com os objetivos da empresa. 

Gestão de Recursos Humanos

Aqui entram os controles relacionados ao RH da empresa, o que inclui os processos de recrutamento, seleção e treinamento de novos colaboradores. O controle se dá por meio da análise dos processos, com o intuito de minimizar erros. 

Controle de instalações de equipamentos

Sim, esta também é uma das atribuições do setor de controles internos. Nesse sentido, a área é responsável pelo controle dos ativos físicos da empresa e, também, pela instalação de equipamentos e outros sistemas de segurança para garantir a proteção de dados, informações estratégicas e do próprio patrimônio.

Imagem: Freepik

 

Funções dos controles internos

Os diferentes tipos de controles internos que acabamos de exemplificar também podem ser agrupados de acordo com as funções desempenhadas dentro da organização. Veja quais são:    

Preventivos

Os controles preventivos atuam para evitar ocorrências como erros, fraudes e violações. Podemos citar como exemplos as políticas internas e os treinamentos destinados aos colaboradores da empresa. Ambos têm o objetivo de disseminar normas e atitudes éticas aplicadas ao ambiente de trabalho.  

Detectivos

Aqui entram os controles capazes de detectar erros ou violações que já ocorreram. As auditorias internas são bons exemplos para ilustrar esta modalidade de controle. 

Corretivos

Os controles corretivos atuam para corrigir erros e mitigar danos. O objetivo é a reparação imediata por meio de medidas cabíveis que sejam eficazes para evitar a repetição do dano. 

De monitoramento

Aqui entram as ações de monitoramento contínuo, que revelam as condições favoráveis ou não acerca do funcionamento geral da operação.

Imagem: Freepik

 

Controles internos na área de compliance

A partir de tudo o que foi exposto, você deve estar se perguntando: mas qual é a relação existente entre controles internos e compliance?

Para entender, vamos começar falando sobre a principal diferença entre as duas áreas: o controle interno se concentra mais na eficácia operacional, enquanto o compliance assegura a conformidade de toda a organização e, por isso, é mais abrangente.

Como o compliance atua em várias frentes na empresa, podemos compreender a área de controles internos como um de seus componentes.

A seguir, vamos trazer alguns exemplos de controles internos que são amplamente utilizados pela área de compliance. Confira: 

Políticas e procedimentos

As políticas e os procedimentos internos são ferramentas de controle usadas pelos programas de compliance. A proposta é estabelecer regras e comportamentos que devem guiar a conduta dos funcionários de acordo com as leis e a ética profissional. 

Treinamentos e alinhamentos

O treinamento de compliance é uma poderosa ferramenta de conhecimento sobre as diretrizes que ditam as políticas da organização. Esse tipo de capacitação deve ocorrer com a finalidade de informar e engajar os colaboradores quanto às condutas que devem ser seguidas para o bom funcionamento da organização, assim como prática de alinhamento interno.

Os treinamentos reforçam o entendimento por parte dos funcionários quanto às suas responsabilidades e asseguram que todos tenham ciência dos controles internos praticados. 

Divisão de funções

A divisão de funções garante às empresas maior controle e transparência sobre processos e procedimentos. Ao dividir as responsabilidades entre diferentes colaboradores e departamentos, a empresa evita a centralização de atividades. 

Auditorias internas

As auditorias internas são práticas muito comuns nas organizações para identificar falhas e atestar que os procedimentos internos estão em conformidade com normas e leis. 

Canais de denúncias

Os canais de denúncias são ferramentas que permitem apontar irregularidades de forma confidencial. Na prática, servem para acolher relatos de infrações cometidas no ambiente corporativo que serão investigados. Uma vez confirmados, há a aplicação das sanções previstas no código de ética da empresa. Para um bom funcionamento, os canais devem respeitar o anonimato dos denunciantes.  

Monitoramento tecnológico

Ao investir em ferramentas de monitoramento de alta tecnologia, as organizações dão um salto de qualidade no que diz respeito aos dados e processos que precisam de acompanhamento constante. Algumas dessas ferramentas, desenvolvidas com uso da Inteligência Artificial, fornecem informações em tempo real que agregam valor ao plano de ação do compliance.

Avaliação de terceiros (fornecedores e terceirizados)

Também conhecida por due diligence, a avaliação de terceiros é uma forma de proteger o negócio de transações ou parcerias que possam oferecer riscos. Ao realizar esta avaliação, a empresa garante que o futuro parceiro esteja de acordo com as mesmas condutas legais e éticas que ela pratica. 






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Helen Lugarinho

Apaixonada por tudo o que envolve comunicação, compliance, cultura e pessoas! Novas histórias e desafios me movem.