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O que é uma inteligência artificial e como o compliance pode atuar com esta tecnologia?

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Recurso tem sido um dos temas mais discutidos no momento e promissores para o futuro próximo. Saiba mais!

Imagem retrata como a tecnologia pode atuar nos programas de compliance

Foto: Freepik

 


Você sabe
o que é uma inteligência artificial? Nos últimos anos, esse recurso tem sido um dos temas mais discutidos e promissores no mundo da tecnologia. 

Sua capacidade de simular a inteligência humana e realizar tarefas complexas tem despertado o interesse de diversos setores, incluindo o compliance.

Mas afinal, como ela pode atuar, em conjunto com o compliance, para impulsionar a conformidade nas organizações? 

 

Neste post, vamos explorar essas questões e destacar as vantagens e possibilidades que essa tecnologia oferece.

 

Fique conosco até o final. Boa leitura! 


O que é uma inteligência artificial?

A IA é uma tecnologia que busca simular a inteligência humana, permitindo que máquinas tenham autonomia para tomar decisões e resolver problemas lógicos. Desde sua concepção pelo matemático Alan Turing, em 1950, ela evoluiu significativamente e se tornou parte integrante do nosso cotidiano.

 

Atualmente, está presente em diversas aplicações, desde as simples até as mais complexas, como:

  • algoritmos de redes sociais;
  • assistentes de voz como Siri e Alexa;
  • reconhecimento facial dos smartphones;
  • recomendações de produtos ao fazer compras em um site;
  • e-mails direcionados para a caixa de spam;
  • carros autônomos.

 

Essas tecnologias são impulsionadas por recursos como redes neurais artificiais, algoritmos e sistemas de aprendizado, que permitem simular capacidades humanas ligadas à inteligência.

 

Na América Latina, o uso de tecnologias de IA aumentou de 32% em 2018 para 48% em 2020, de acordo com o Índice de Nível de Inovação e Crescimento IA (Inicia). Essa crescente adoção se deve à necessidade das empresas de se manterem atuantes em um mercado cada vez mais disruptivo e inovador. 

 

Assim, a IA oferece recursos que vão além da automação mecânica, englobando processos cognitivos que melhoram a capacidade de aprendizado das equipes, reduzindo atividades repetitivas e facilitando a tomada de decisões.

 

As ferramentas da IA, como Machine Learning, Deep Learning e Processamento de Linguagem Natural (PLN), estão moldando a forma como os computadores aprendem e pensam. 

 

No futuro, a projeção é de que plataformas e sistemas tenham inteligência suficiente para aprender com nossas interações e dados de maneira ainda mais eficaz, já imaginou? Tudo isso para proporcionar agilidade e escalabilidade, sem substituir o ser humano

 


Inteligência artificial auxilia o compliance?

Imagem mostra mão de robô apertando mão humana em referência à inteligência artificial auxiliar o profissional de compliance

Foto: Rawpixel.com/Freepik


Sim! A IA tem se mostrado uma aliada poderosa para auxiliar o compliance nas organizações. Um estudo realizado pelo Instituto Internacional de Finanças revelou que as tecnologias de inteligência artificial e aprendizado de máquina possibilitam às empresas alcançarem conformidade regulatória com maior eficiência do que as tecnologias convencionais.

 

Uma das principais vantagens de integrar a IA aos programas de conformidade é a otimização de processos. Por exemplo, a coleta de dados de uma reclamação feita no canal de denúncias, que é uma atividade operacional, pode ser realizada de forma ágil e eficiente por um robô

 

Mas, como isso ocorre? A tecnologia inteligente coleta informações detalhadas sobre o conteúdo da manifestação, tais como:

 

  • o fato em si;
  • os envolvidos e seus cargos;
  • local da ocorrência;
  • infrações;
  • falas apresentadas;
  • dados objetivos sobre a situação. 

 

Com base nessas informações, o time de compliance pode tomar as medidas necessárias para lidar com a situação, incluindo entrevistas no processo de investigação e outras atividades.

 

Além disso, a tecnologia também pode ser utilizada na otimização da governança de documentos. Essas ferramentas facilitam a revisão de documentos e registros, proporcionando excelentes resultados para o setor de compliance.

 

Outra forma de adotar a IA para fins de conformidade é na etapa de treinamento de compliance para as equipes corporativas. Uma inteligência artificial é capaz de gerar automaticamente perguntas para verificar se um colaborador entendeu o conteúdo de um treinamento.

 

Em outros cenários, soluções baseadas em IA têm se mostrado eficazes ao identificar problemas no compliance financeiro antecipadamente.


Como o compliance atua no uso da inteligência artificial?

 

À medida que plataformas digitais se tornam mais imersivas e interativas, é necessário garantir a conformidade com questões de segurança cibernética e privacidade.

 

Com a utilização de tecnologias como machine learning e inteligência artificial, as empresas têm a oportunidade de oferecer experiências personalizadas e aprimoradas aos clientes. É primordial que elas também estejam em conformidade com as regulamentações e leis de proteção de dados.

 

Nesse sentido, o compliance assegura a segurança, a privacidade e a transparência no uso da inteligência artificial. Isso é feito por meio de, por exemplo, políticas de proteção de dados, obtenção de consentimento adequado e implementação de medidas de segurança. Além disso, um programa de conformidade promove a transparência dos algoritmos, evitando práticas discriminatórias.

 

A Commission Nationale de l’informatique et des Libetres – autoridade francesa de proteção de dados – oferece orientações valiosas nesse sentido. Conheça algumas delas a seguir. 


Objetivo
 

Ao implementar um sistema de inteligência artificial baseado no uso de dados pessoais, é preciso definir um propósito claro desde a fase de concepção do projeto. 

 

Esse propósito deve ser:

 

  1. legítimo;
  2. compatível com as missões da organização;
  3. compreensível.

 

Isso porque o respeito ao propósito garante o uso apenas dos dados relevantes e a adequação do período de retenção.

 

Já a implementação de um sistema de IA baseado em aprendizado de máquina envolve duas fases distintas:

 

  1. Fase de aprendizagem: o sistema é projetado, desenvolvido e treinado.
  2. Fase de produção: implantação operacional do sistema.

 

É importante separar essas fases em termos de proteção de dados, garantindo que a finalidade do tratamento das informações pessoais seja determinada, legítima e clara em cada etapa.


Legalidade
 

Para implementar um sistema de IA que utilize dados pessoais, é necessário estabelecer uma base legal justificada por lei. A LGPD e a GDPR (legislação de proteção de dados da União Europeia) definem seis fundamentos. Eles incluem:

 

  1. consentimento;
  2. cumprimento de obrigações legais;
  3. execução de contratos;
  4. interesse público;
  5. interesses vitais;
  6. interesse legítimo.

 

A escolha da base legal garante a conformidade e pode afetar as obrigações da organização e os direitos dos indivíduos. 

 

Lembre-se: a base legal deve ser determinada antes da implementação do processamento de dados.


Auxiliar banco de dados
 

A constituição de banco de dados é crucial para sistemas de inteligência artificial, especialmente aqueles baseados em aprendizado de máquina. Esses conjuntos de informações são necessários para treinar e avaliar os sistemas de IA. 

 

Existem duas opções principais:

 

  1. coletar dados pessoais especificamente para esse propósito;
  2. reutilizar dados já coletados para outros fins.

 

É preciso, todavia, garantir que a constituição desses dados respeite os direitos dos seus titulares


Relatórios de acompanhamento
 

Os relatórios de acompanhamento são fundamentais para os programas de compliance em relação à inteligência artificial. 

 

Eles fornecem informações detalhadas sobre o uso da tecnologia, incluindo dados, desempenho e conformidade. 

 

O material produzido ajuda a garantir a conformidade legal, promover a transparência e construir confiança com os usuários. 


Chat GPT e programas de integridade

Imagem ilustra pessoa usando o ChatGPT e sua relação com programas de integridade

Imagem: Freepik

 

O ChatGPT, uma ferramenta de inteligência artificial baseada em linguagem natural, pode ser aproveitado no setor de compliance para melhorar os processos das empresas. 

 

A integração com o chatbot permite gerar perguntas automaticamente sobre políticas e documentos, garantindo que os colaboradores compreendam o conteúdo e possam comparar diferentes versões de documentos de forma clara, destacando as diferenças relevantes. 

 

Essa parceria entre a IA e o compliance oferece uma oportunidade de tornar os programas de integridade mais eficientes e engajar os funcionários de forma efetiva.




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Helen Lugarinho

Apaixonada por tudo o que envolve comunicação, compliance, cultura e pessoas! Novas histórias e desafios me movem.