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Certificações de Compliance

Qual é o perfil do profissional de compliance?

À medida que as empresas entendem melhor a relevância do compliance e da integridade, aumenta a demanda por profissionais especializados no Brasil

Atualizado em 22/05/2025
● Por Gustavo Deslandes
Ilustração para simbolizar um chief compliance officer ou um profissional de compliance.
Imagem criada pela clickCompliance utilizando inteligência artificial. © Todos os direitos reservados.

Diante da maior compreensão sobre a necessidade dos programas de compliance e integridade nas empresas, o mercado de trabalho brasileiro tem aberto mais vagas para essa área.

No entanto, por esta ocupação ser relativamente nova no Brasil – a importância do compliance foi evidenciada pela chamada Lei Anticorrupção (Lei n.º 12.846/2013) –, muitas dúvidas podem surgir.

O que é preciso para tornar-se um bom compliance officer? Como posso me preparar? Qual é a formação necessária? Como é a atuação desse profissional? Onde buscar essas vagas? Qual é a remuneração para o cargo?

A resposta para cada uma dessas questões segue adiante. Boa leitura!

Conteúdo do Artigo

Competências e habilidades do profissional de compliance

Não existe uma graduação específica para a área de compliance. Por ser um trabalho que exige conhecimento da legislação vigente, muitas pessoas ainda se confundem, achando que há exigência de formação em Direito para atuar na área, o que não é verdade.

Advogados, administradores, psicólogos, contadores, engenheiros e profissionais de outras áreas podem atuar no compliance, desde que apresentem as competências e habilidades necessárias. Vamos falar mais sobre elas:


Conhecimento técnico 

É necessário que o profissional entenda como é a estrutura do compliance, as etapas para a sua implantação e o trabalho que será realizado no dia a dia. Embora não exista uma graduação específica para a área, este conhecimento pode ser adquirido por meio de cursos e capacitações que abordam o tema

O programa de compliance é implantado a partir da avaliação de riscos que a empresa corre. É preciso identificar as vulnerabilidades em cada setor para, assim, estruturar as ações de mitigação dos riscos.

Feito isso, é elaborado um Código de Ética que irá nortear as diretrizes internas para que a empresa se mantenha em conformidade.

As normas e os procedimentos adotados deverão ser seguidos por todos os funcionários, sem exceção. Para isso, é importante realizar treinamentos de compliance que ajudem a fixar as informações.

O compliance officer também deve conhecer os mecanismos utilizados para a prevenção e a coibição de irregularidades, como o canal de denúncias, as auditorias, as avaliações e os processos de monitoramento. 


Compreensão do negócio

Não basta apenas o domínio sobre compliance, é preciso conhecimento do negócio. Neste aspecto, o profissional deve compreender:

  • Atividade que a empresa exerce;
  • Legislação e as regulamentações que a abrangem;
  • Atuação dos setores e dos colaboradores;
  • Processos internos;
  • Quem é o público atendido;
  • Quem são as empresas parceiras e como se dá o relacionamento com elas;
  • Qual é a cultura organizacional;
  • O que é proposto como missão e valores.

É a partir do cruzamento de informações sobre o conhecimento que se tem sobre compliance e sobre a realidade da empresa que o compliance officer irá elaborar um programa específico que atenda às necessidades da empresa.


Habilidades comportamentais

Diante do trabalho que é exercido pelo compliance officer, algumas habilidades comportamentais são necessárias para garantir uma boa atuação. São elas:

  • Relacionamento interpessoal: o profissional irá lidar com toda a equipe da empresa e, por isso, é necessário saber se relacionar com as pessoas de forma educada, responsável, ética e confiável.
  • Boa comunicação: o compliance officer deve se expressar bem e, também, ter boa escuta. A primeira habilidade é essencial para transmitir as informações e conduzir treinamentos sobre o programa de compliance. Já a segunda é importante para a criação de uma relação de confiança com os colaboradores.
  • Integridade: é fundamental para um profissional que tem como principal objetivo estabelecer uma cultura organizacional ética e transparente. Ele deverá dar o exemplo em suas ações.
  • Aptidão aos estudos e à leitura: é importante estar atento às novas leis que são criadas e podem abranger o negócio. Por isso, é necessário que o compliance officer se mantenha atualizado, seja estudioso e goste de pesquisar.
  • Determinação: o trabalho do compliance é contínuo. Por isso, o profissional deve ser determinado e não desistir. É importante saber lidar com dificuldades, adaptar-se às mudanças que podem ocorrer na empresa, insistir para que toda a equipe esteja em conformidade, pensar soluções estratégicas e superar eventuais adversidades.
  • Inovação: a atividade do compliance é abrangente, mas o mercado tem disponibilizado soluções tecnológicas para facilitar essa rotina. É importante estar atento às inovações e saber como implantá-las. 

Mercado de trabalho para o profissional de compliance

O compliance officer pode atuar na iniciativa privada, em órgãos públicos e no Terceiro Setor. O mercado de trabalho está em expansão no Brasil, e é possível buscar uma vaga em pequenos, médios e grandes negócios.

Na iniciativa privada, podemos resumir que o compliance é fundamental para a sobrevivência dos pequenos negócios. Quando uma empresa não está em conformidade com as leis vigentes, ela fica sujeita à aplicação de multas e sanções que podem ocasionar um prejuízo financeiro capaz de levar à falência.

Para as médias empresas, o compliance pode ser um diferencial competitivo diante da concorrência, com potencial para atrair novos consumidores. Já as grandes companhias podem se beneficiar, ainda, com a atração de mais investimentos.

No setor público, o compliance oferece mais transparência às ações e melhora os processos internos, o que beneficia diretamente a população.

Já no Terceiro Setor, contribui para a maior credibilidade de associações, fundações e organizações não governamentais (ONGs), o que promove o estreitamento das relações com a sociedade e atrai parcerias.

As possibilidades de atuação do compliance officer são vastas, por isso, é importante estar atento às oportunidades que possam surgir. Uma dica é monitorar os sites de anúncios de vagas.


Quanto ganha o compliance officer?

Segundo informações do portal Trabalha Brasil, a remuneração média varia de R$ 2.079,18 a R$ 8.578,69, conforme o local que oferece a vaga e o nível, que vai de trainee a master. 

O salário médio de R$ 2.079,18 é oferecido por empresas de pequeno porte ao trainee de compliance officer. Já o valor médio de R$ 8.578,69 é atribuído ao profissional master que atua em grandes empresas.

O clickCompliance oferece soluções que otimizam o trabalho do compliance officer. Para saber mais, entre em contato com a gente e agende uma demonstração!

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Publicado por
Gustavo Deslandes
Atualmente coordenador de marketing na clickCompliance, atua na linha de frente das estratégias de comunicação e marketing digital da empresa. Com um olhar estratégico e ao mesmo tempo criativo, ele lidera projetos que envolvem planejamento, produção de conteúdo, gestão de campanhas e análise de resultados — sempre com foco em performance e alinhamento com os objetivos do negócio.
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