
Você já parou para pensar no impacto que uma informação privilegiada pode ter no mercado financeiro? Imagine um executivo que sabe, antes de todos, que sua empresa será adquirida por um grande grupo internacional. Se ele corre para comprar ações antes do anúncio oficial, terá lucro garantido.
Parece esperto, mas essa conduta é ilegal e tem nome: insider trading. Neste texto, você vai entender do que se trata, por que a prática é considerada criminosa e como um programa de compliance bem estruturado é essencial para prevenir esse tipo de fraude.
Boa leitura!
O termo insider trading descreve o uso de informação privilegiada, que ainda não se tornou pública, para realizar transações financeiras em benefício próprio ou de terceiros.
Na prática, alguém com acesso a dados estratégicos de uma empresa compra ou vende ações antes que o mercado saiba desses fatos. Exemplos de informações que podem gerar essa vantagem injusta:
É importante lembrar que nem toda negociação feita por diretores ou executivos configura fraude. Quando devidamente comunicadas aos órgãos de regulação do mercado, essas transações são legais. O problema surge quando há conflito de interesse e quebra de dever fiduciário.
Se o insider trading corrói a confiança e a ética nos negócios, o compliance funciona como uma espécie de antídoto. Um programa bem estruturado de prevenção de crimes financeiros precisa ser contínuo, transparente e capaz de envolver toda a organização.
É sobre criar uma cultura em que a responsabilidade corporativa e a transparência estejam no centro das decisões. Um primeiro passo é a implementação de políticas internas que estabeleçam quem pode ser considerado insider, como lidar com informações privilegiadas e quais condutas configuram práticas ilícitas.
Também é comum a adoção dos chamados blackout periods, períodos de vedação em que executivos e pessoas ligadas à companhia ficam proibidos de negociar ações, especialmente antes da divulgação de resultados financeiros.
Muitas empresas aplicam, ainda, o mecanismo de pre-clearance, que obriga funcionários a solicitarem autorização prévia ao departamento de compliance ou jurídico antes de realizarem qualquer transação financeira relacionada aos ativos da empresa.
Outro ponto importante é o treinamento de compliance. A capacitação permite aos colaboradores identificar situações de risco, compreender os impactos de uma fraude financeira e reconhecer a importância da ética nos negócios.
Nesse contexto, canais de denúncia seguros e anônimos ganham muita relevância, já que oferecem a qualquer funcionário a possibilidade de reportar irregularidades sem medo de retaliações. Esse tipo de iniciativa fortalece a prevenção de crimes financeiros e contribui para que a empresa se mantenha alinhada às regras de mercado e à regulação de mercado.
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O insider trading é considerado crime porque rompe com os princípios de transparência e justiça que sustentam o mercado financeiro. Quem usa informação privilegiada para lucrar cria uma assimetria insustentável: poucos se beneficiam, enquanto a maioria joga em desvantagem.
No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a legislação penal tratam esse tipo de conduta com seriedade. As punições por insider trading podem incluir:
Além das sanções legais, existe o impacto na reputação.Para empresas, a simples suspeita já é suficiente para abalar a confiança de investidores e clientes.
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Prevenir o insider trading exige mais do que regras no papel: é preciso engajar todos os colaboradores em uma cultura de integridade e transparência, tornando a ética parte do DNA da empresa.
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