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Assédio sexual: como combato na minha empresa?

Para se manterem competitivas, as empresas precisam adotar medidas efetivas no combate ao assédio sexual

Atualizado em 21/05/2025
● Por Bárbara Borges
Ilustração para simbolizar o assédio moral e o assédio sexual nas empresas.
Imagem criada pela clickCompliance utilizando inteligência artificial. © Todos os direitos reservados.

O assédio sexual é um tema que estava em alta e parece que não vai deixar de ser tema relevante. Nos próximos anos o mercado de trabalho verá a chegada em massa de millenials e da geração Z, gerações de jovens que dão extrema relevância para causas sociais.

Não só farão parte do mercado de trabalho, como também são os novos consumidores. E essas gerações já mostraram que não haverá tolerância para empresas e marcas que deixam de lado questões como o assédio sexual.

Isso significa não só que não irão fazer negócios com essa empresa, o que já vai impactar as vendas, como também não vão querer trabalhar na sua empresa, desperdiçando importantes e valiosos talentos.

Ou seja, hoje em dia não é mais questão de achar exagero dos jovens ou não. Se empresas quiserem se manter competitivas, terão que efetivamente abraçar a luta contra o assédio sexual. E isso significa fazer mais do que algumas campanhas de marketing. Precisa realmente fazer parte das preocupações da empresa.

Conteúdo do Artigo

Como eu faço uma transformação tão profunda da cultura e imagem da minha empresa?

Como explicamos, não adianta fingir se importar com o assédio para ficar bem com a nova demanda do mercado. Funcionários sabem qual é a realidade de dentro da empresa, e hoje, com as redes sociais, se não combinar com a mensagem de fora, expor isso é muito fácil.


Contratações

Um passo importante para essa transformação é combinado com o RH. Se houver a identificação de colaboradores que não se encaixam nessa cultura anti-assédio, não podem fazer parte da empresa.

Isso porque a empresa pode ser responsabilizada pelos atos de seus funcionários. A culpa cairá sobre a empresa por não ter feito nada para prevenir contra o assédio. Por isso, para o compliance, o funcionário que não se enquadra nessa cultura deverá ser visto como um risco.

Além disso, podem ser alinhados com o RH testes e questionários na hora da entrevista de novos candidatos para ter certeza de que combinam com a cultura da empresa.


Campanhas e treinamentos

Depois de ter uma base de funcionários em harmonia com a mensagem da empresa, devem ser feitos treinamentos e campanhas para trabalhar a mensagem em cima de funcionários que já estão na empresa.

Recomendamos incluir membros da alta direção em vídeos falando sobre o tema. Podem fazer parte dos treinamentos, passar em campanhas nas redes sociais, em televisões na empresa, etc. Como a alta direção é a “personificação” da empresa, isso ajuda a reforçar que o combate ao assédio vem de cima e que é um valor para a empresa.


Canal de Denúncias

O Canal de Denúncias é importantíssimo na sua campanha contra o assédio sexual. Ter um canal é um dos primeiros passos de qualquer programa de compliance e é cobrado por legislações referentes ao compliance.

Mas não é o suficiente só ter o Canal. Coloque visivelmente em sites e intranets, faça campanhas e publique em redes sociais para que todo funcionário saiba que pode fazer uma denúncia.

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O que eu devo fazer se houver um caso de assédio sexual na minha empresa?

Se houver um caso de assédio sexual na sua empresa, o primeiro passo é identificar se o caso possui as características para ser julgado criminalmente. Para que seja configurado um crime, o assédio precisa conter:

  • Constrangimento
  • O intuito de levar vantagem ou favorecimento sexual
  • Superioridade hierárquica

Se conter todos esses três pontos, a empresa deve estar disposta a colaborar com a investigação e a acolher a vítima. Recomendamos publicamente pedir desculpas e tomar providências para que a vítima se sinta mais confortável.

Outra sugestão é fazer treinamentos ou eventos de resposta rápida. Por exemplo, quando o Starbucks fechou todas as unidades dos Estados Unidos (todas) para fazer um treinamento contra racismo após ter tido um caso de preconceito em uma de suas unidades.

O terceiro ponto é interessante, pois existem muitos casos de assédio sexual em que o assediador e a vítima possuem a mesma hierarquia. Por incrível que pareça, nesse caso não é a tipificação de um crime.

Se não for um crime, a empresa ainda pode ser responsabilizada. Além de ser considerada infração para o direito do trabalho, independente de hierarquia, também pode ser considerado dano moral.

Nesse caso, a única diferença deve ser na investigação do caso. Como não é crime, não será feita pela polícia, mas pode ser feita pela empresa. Em relação ao resto, deve se tomar o mesmo cuidado com a vítima.

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Publicado por
Bárbara Borges
Desde 2017, atuo como Consultora de RH na clickCompliance, sendo responsável pela estratégia de Pessoas e Cultura. O que mais me motiva é aprender, todos os dias, quais são os melhores caminhos para criar soluções adequadas ao nosso público, que também contribuam para a estratégia corporativa e fortaleçam os resultados.
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