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Compliance e risco operacional: qual é a relação?
Veja como as práticas de compliance podem mitigar riscos operacionais e fortalecer sua empresa.
Em qualquer empresa, os riscos fazem parte das operações diárias, podendo impactar diretamente o desempenho da organização e, em muitos casos, causar sérios danos à sua reputação.
Mas o que são exatamente os riscos operacionais e de que forma eles se relacionam com o compliance?
Neste conteúdo, você irá entender como a conformidade vai além do cumprimento de regulamentos e pode ser uma aliada na mitigação de riscos, que afetam a eficiência e a segurança das operações.
Boa leitura!
Conheça o compliance operacional
O compliance operacional é a adoção de práticas, políticas e procedimentos internos destinados a assegurar que todas as operações de uma empresa ocorram de forma eficiente e estejam em conformidade com as leis, normas, regulamentos e políticas internas.
Para entender melhor, pense no setor financeiro de uma empresa. Nesse cenário, o compliance operacional pode incluir a implementação de controles rigorosos nos processos para evitar fraudes e lavagem de dinheiro, por exemplo.
Já no setor de logística, o seu papel inclui garantir a conformidade com regulamentações de transporte e armazenamento. O seu principal propósito é minimizar riscos como multas, sanções e danos à reputação, bem como outros impactos negativos que podem surgir quando as diretrizes legais não são devidamente seguidas.
Saiba o que é risco operacional
O risco operacional é a possibilidade de ocorrência de falhas em processos internos, erros humanos, problemas tecnológicos ou até eventos externos inesperados, que podem prejudicar a governança corporativa e gerar prejuízos financeiros e reputacionais à organização.
Para entender melhor, vamos explorar alguns exemplos comuns de riscos operacionais:
Fraudes internas
As fraudes corporativas internas são as ações que podem ser cometidas por funcionários desonestos com a falta de supervisão adequada, como desvio de fundos, manipulação de registro e o roubo de dados confidenciais.
Um exemplo de como o compliance pode mitigar esse risco é a partir do desenvolvimento de práticas de controles internos, auditorias regulares e a promoção de uma cultura de ética e transparência.
Fraudes externas
Nesse caso, as fraudes envolvem a manipulação de terceiros, como fornecedores, clientes ou hackers, que podem explorar vulnerabilidades nas operações da empresa. São exemplos de riscos as fraudes de pagamento, falsificações de documentos ou tentativas de phishing.
Demandas trabalhistas
São exemplos de riscos relacionados às demandas trabalhistas questões como discriminação, assédio moral ou demissões inadequadas, que podem resultar em custos legais elevados, como o pagamento de indenizações em processos judiciais e danos à imagem da empresa.
Práticas inadequadas com clientes, produtos e serviços
Erros na interação com clientes ou na prestação de serviços podem levar à insatisfação e perda de negócios. Isso abrange uma variedade de situações, como erros na abordagem de vendas e falta de transparência sobre produtos e serviços oferecidos, o que pode gerar desconfiança entre os consumidores.
Além disso, não atender às expectativas dos clientes em termos de qualidade, prazos de entrega ou suporte pós-venda pode afastar clientes potenciais e resultar em feedbacks negativos nas redes sociais e plataformas de avaliação, comprometendo a reputação da empresa.
Danos a ativos físicos
Danos a ativos físicos, como equipamentos e instalações, podem ocorrer devido a acidentes, desastres naturais ou vandalismo. Esses incidentes não apenas geram custos de reparo, mas também podem afetar a continuidade dos negócios.
Por exemplo: se um equipamento quebrar devido a um acidente, isso pode levar a paradas na produção, atrasos nas entregas e, ainda, à perda de receita para manutenção ou nova aquisição do aparelho. Além disso, danos a instalações podem exigir a relocação temporária de funcionários ou a interrupção de serviços, o que pode gerar não apenas despesas adicionais, mas também insatisfação entre os clientes.
Falhas na execução de atividades
Falhas na execução de atividades podem surgir de processos mal definidos, problemas com equipamentos, falta de capacitação dos funcionários ou comunicação inadequada. Essas lacunas levam a atrasos, desperdícios de recursos e perdas financeiras, comprometendo a qualidade do produto ou serviço final.
Não-cumprimento de prazos
O não-cumprimento de prazos pode ocorrer devido ao planejamento inadequado, falta de recursos ou ineficiência operacional. Quando uma empresa falha em entregar produtos ou serviços dentro dos prazos estabelecidos, sua credibilidade é impactada negativamente e pode levar clientes e parceiros a optarem por concorrentes mais confiáveis.
Relação entre compliance e risco operacional
Quando uma empresa adota um programa de compliance bem desenvolvido, ela cria um ambiente em que os riscos são monitorados e geridos, diminuindo as chances de falhas que podem resultar em prejuízos morais e financeiros.
O compliance identifica vulnerabilidades ao analisar aspectos como processos internos, transações comerciais e interações com terceiros. Ao notar indicadores de riscos, a empresa pode tomar medidas para mitigar essas ameaças antes que se transformem em problemas maiores.
Para diminuir os riscos relacionados às demandas trabalhistas, por exemplo, é possível implementar políticas claras de ética e conduta e realizar treinamentos regulares sobre a legislação trabalhista. Ao adotar uma cultura que promova um ambiente de trabalho inclusivo e criar um canal para denúncias sobre desvios de conduta, a empresa fortalece sua cultura organizacional e reduz a probabilidade de conflitos.
Benefícios do compliance operacional
Ao aumentar a segurança das operações de uma empresa, implementar um programa de compliance bem estruturado pode trazer diversos benefícios. Veja alguns deles:
Redução de falhas nos mais diversos processos
A estruturação e o monitoramento cuidadoso dos processos, sustentada por uma cultura de segurança, controle e avaliação contínua conduzida por especialistas, reduzem significativamente a chance de erros na organização.
Estabelecer controles internos mais rigorosos assegura que todas as operações sejam realizadas conforme normas e procedimentos preestabelecidos, promovendo uma execução mais efetiva e segura.
Possibilita novos negócios
Quando uma empresa apresenta políticas sólidas de gestão de riscos operacionais e compliance, o que inclui estar em conformidade com regulamentações ambientais, padrões de segurança no trabalho, proteção de dados e práticas de anticorrupção, ela se destaca como uma parceira confiável e atraente para novos investimentos.
Estar em conformidade, portanto, não apenas protege contra riscos legais, mas também abre portas para novas oportunidades de negócios, ampliando a credibilidade e a competitividade da empresa no mercado.
Humanização das relações com colaboradores
Quando os colaboradores percebem que a empresa valoriza a ética e a transparência no trabalho, isso pode resultar em um ambiente mais saudável e produtivo, melhorando a comunicação e a confiança entre os gestores e suas equipes, além de aumentar a retenção de talentos.
Redução de ações corretivas
A antecipação e a gestão eficaz de riscos operacionais ajudam a evitar crises e a melhorar a resposta organizacional, permitindo que a empresa foque em crescimento e inovação, em vez de resolver problemas recorrentes.
Com um controle preventivo bem estabelecido, os custos associados a ações corretivas são reduzidos, preservando a saúde financeira da organização. Os recursos economizados podem ainda ser redirecionados para novos investimentos, aumentando a lucratividade da organização.
Possibilita planejamento real
Compreender os riscos operacionais permite à empresa desenvolver um planejamento mais estratégico e fundamentado. A identificação e avaliação desses riscos facilita decisões informadas e o uso assertivo de recursos, permitindo diagnósticos precisos para definir prioridades, metas e ações preventivas que impulsionam o alcance dos objetivos organizacionais.
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