
A falta de segurança no ambiente de trabalho afeta a saúde dos colaboradores e coloca em risco toda a operação de uma empresa. Apenas em 2024, foram mais de 724 mil acidentes de trabalho no Brasil, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o que reforça a urgência de estabelecer ações preventivas.
Por isso, entender e aplicar corretamente o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é uma obrigação que vai além da legislação: é uma estratégia de gestão necessária para uma organização ética, responsável e segura. E quando essa tarefa é aliada a um programa de compliance, os resultados se potencializam.
Mas qual é a relação entre PGR e segurança do trabalho? E o que o compliance tem a ver com isso?
Continue a leitura e veja como transformar o cuidado com os colaboradores em uma vantagem competitiva para sua empresa.
O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é uma exigência prevista pela Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) do MTE. Ele tem como objetivo sistematizar a identificação e o controle de riscos ocupacionais, ou seja, todos os fatores que possam comprometer a saúde e segurança dos trabalhadores.
Essas ameaças incluem agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, mecânicos e psicossociais, e podem estar presentes em diferentes áreas da organização, desde o escritório até o chão de fábrica.
De acordo com a legislação, o PGR deve conter, obrigatoriamente, dois documentos:
Desde 2022, todas as empresas com vínculos celetistas devem manter um PGR atualizado, com exceção daquelas de pequeno porte e microempresas de baixo risco (grau 1 e 2), conforme previsto na própria NR-1.
Para manter um PGR atualizado e efetivo é preciso processos claros, organização contínua e compromisso com a melhoria.
O compliance pode ser um grande aliado nesses aspectos. Aplicado à Segurança e Saúde do Trabalho (SST), ele permite muito mais do que o cumprimento de exigências legais: é possível fortalecer a prevenção de riscos, consolidar uma cultura organizacional voltada à segurança e gerar benefícios concretos para a empresa e seus colaboradores.
A seguir, entenda como os processos de compliance se conectam diretamente à eficiência do PGR:
Uma das principais contribuições do compliance é permitir que os riscos ocupacionais sejam gerenciados com base em critérios técnicos, documentação estruturada e medidas padronizadas.
A primeira etapa é mapear os perigos de forma sistemática, o que pode ser feito com o apoio de ferramentas como:
A análise deve ser ampla, incluindo desde problemas ergonômicos até a possibilidade de acidentes. O resultado dela é um inventário de riscos ocupacionais completo para nortear o plano de ação, documentos que, como vimos acima, são exigidos pela NR-1.
Importante: No próximo ano, a NR-1 também passará a exigir a inclusão de fatores de risco psicossociais no inventário de riscos. A medida, definida pela Portaria MTE nº 1.419/2024, amplia a responsabilidade das empresas sobre aspectos organizacionais que afetam a saúde emocional dos colaboradores.
São exemplos de fatores a serem considerados: assédio moral, metas abusivas, sobrecarga https://clickcompliance.com/legislacao-e-normas/assedio-moral-crime/de trabalho, falhas na comunicação, falta de apoio da liderança e desequilíbrio entre esforço e recompensa.
Esses elementos devem ser avaliados com o mesmo cuidado dedicado aos riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos, e sua gestão pode ser favorecida por ferramentas de compliance, que promovam políticas internas claras e um canal de denúncias eficiente.
A construção de uma cultura voltada à segurança do trabalho vai além de estabelecer normas formais. Ela depende do comprometimento genuíno da empresa com o bem-estar de seus colaboradores e começa com a postura da liderança.
Gestores e funcionários devem atuar juntos na prevenção de riscos, adotando comportamentos éticos e seguros e promovendo a conscientização.
Entre as ações de um programa de compliance que podem ajudar a consolidar o comportamento organizacional estão:
Essas ações fortalecem o senso de responsabilidade compartilhada e ajudam a criar um ambiente mais seguro, facilitando diretamente a implementação e a atualização do PGR.
Em síntese, quando a cultura de segurança está enraizada na rotina da empresa, o gerenciamento de riscos se torna mais eficiente, colaborativo e alinhado às exigências legais.
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Ao adotar práticas de compliance no gerenciamento de riscos, a empresa não só protege seus funcionários, como também reduz os custos com acidentes, afastamentos e multas.
A conformidade com a legislação trabalhista também fortalece a segurança jurídica, evita passivos trabalhistas e contribui para a reputação da marca.
Além disso, ambientes seguros tendem a ser mais produtivos. Colaboradores que se sentem protegidos, valorizados e respeitados desenvolvem melhor suas funções e se engajam com os mecanismos de integridade da organização.
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